Aconteceu-me por estes dias,num conjunto de velhos livros em promoção, reencontrar um dos meus heróis da adolescência: Simon du Fleuve, um personagem inesquecível,de uma série de banda desenhada da autoria de Claude Auclair, autor francês falecido em 1990.
Sempre gostei de Simon du Fleuve, que me habituei a encontrar na revista Tintin. E aquela energia, de justiça, liberdade, rebeldia, também ajudou a formar uma personalidade, da mesma forma que os filmes de John Ford ou de Frank Capra, ou as canções de Bob Dylan e José Afonso. Tudo criadores cada vez mais raros nos dias de hoje, preocupados e comprometidos com a sociedade em que vivem.
Criada nos anos 70, a série de Simon du Fleuve é hoje de uma actualidade impressionante: passa-se numa era pós-atómica, em que o mundo, como o conhecemos hoje, já não existe; os homens estão então entregues a si mesmos, reaprendendo a viver em comunidade e da forma mais simples; mas nem todos se adaptam a essa nova forma de vida. Alguns mantiveram o ódio, a avareza, a ambição que antes já tinham destruído o mundo, e procuram agora manter o seu poder, exercendo a força e a violência sobre os outros. Simon du Fleuve,um homem livre, está sempre pronto, por onde passa, para uma luta pela liberdade e pela justiça.
Para mim, este personagem é mais herói que qualquer Superhomem ou Homem Aranha; porque o seu superpoder é simplesmente ser humano, ter no seu coração um humanismo sem fim. Vale a pena, acreditem, reencontrar esta BD: há ali muito de exemplar para os dias que vivemos e que, provavelmente, ainda viveremos.
Sempre gostei de Simon du Fleuve, que me habituei a encontrar na revista Tintin. E aquela energia, de justiça, liberdade, rebeldia, também ajudou a formar uma personalidade, da mesma forma que os filmes de John Ford ou de Frank Capra, ou as canções de Bob Dylan e José Afonso. Tudo criadores cada vez mais raros nos dias de hoje, preocupados e comprometidos com a sociedade em que vivem.
Criada nos anos 70, a série de Simon du Fleuve é hoje de uma actualidade impressionante: passa-se numa era pós-atómica, em que o mundo, como o conhecemos hoje, já não existe; os homens estão então entregues a si mesmos, reaprendendo a viver em comunidade e da forma mais simples; mas nem todos se adaptam a essa nova forma de vida. Alguns mantiveram o ódio, a avareza, a ambição que antes já tinham destruído o mundo, e procuram agora manter o seu poder, exercendo a força e a violência sobre os outros. Simon du Fleuve,um homem livre, está sempre pronto, por onde passa, para uma luta pela liberdade e pela justiça.
Para mim, este personagem é mais herói que qualquer Superhomem ou Homem Aranha; porque o seu superpoder é simplesmente ser humano, ter no seu coração um humanismo sem fim. Vale a pena, acreditem, reencontrar esta BD: há ali muito de exemplar para os dias que vivemos e que, provavelmente, ainda viveremos.