As manifestações no Brasil e na Turquia, que aqui refiro apenas por serem as mais recentes, são bons exemplos de uma nova forma de agregação da força pública, característica da era que vivemos actualmente, muito marcada pelas redes sociais e o seu papel de ligação entre as pessoas, de uma forma nunca acontecida na história da humanidade.
Embora tenha feito o meu percurso no jornalismo "de papel", dei por mim a pensar: se não houvesse internet, o que saberíamos agora sobre o que realmente se passa na Turquia, no Brasil, em França, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal, etc? Provavelmente, nem metade do que sabemos, se estivéssemos apenas limitados, como há poucos anos atrás, aos jornais, à rádio e à televisão. Com uma diferença significativa: hoje, esses tradicionais meios de comunicação,cada vez mais limitados numa teia de compromissos de que não se vê o fim, perderam credibilidade, e audiência. O poder da informação, da opinião pública, passou então para outro lado, para essa imensa rede social que liga os povos, que canaliza ideias e projectos, e que é capaz de movimentar ações diversas e protestos como se tem visto. Concorde-se ou não com este ou aquele movimento -- há até os que consideram que é tudo trabalho de grupos desestabilizadores... vá lá saber-se o que isso quer dizer! --, não é possível, hoje em dia, passar ao lado disto, e qualquer cidadão atento está agora muito menos dependente das tradicionais fontes de informação. Isto é o fim de uma sociedade algo autista, habituada a passar ao lado de tudo o que pudesse por em causa o conforto e a estabilidade do seu dia-a-dia. Há muitos políticos (e não só) que ainda não perceberam esta nova realidade, e o caso do Brasil é paradigmático: a "nação do futebol" não concorda com o investimento feito numa grande competição de futebol, e até o seu "deus Pelé" é ridicularizado ao pedir que se esqueça esta situação! São novos tempos, novos movimentos, uma rede social cada vez maior e cada vez mais activa.
Embora tenha feito o meu percurso no jornalismo "de papel", dei por mim a pensar: se não houvesse internet, o que saberíamos agora sobre o que realmente se passa na Turquia, no Brasil, em França, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal, etc? Provavelmente, nem metade do que sabemos, se estivéssemos apenas limitados, como há poucos anos atrás, aos jornais, à rádio e à televisão. Com uma diferença significativa: hoje, esses tradicionais meios de comunicação,cada vez mais limitados numa teia de compromissos de que não se vê o fim, perderam credibilidade, e audiência. O poder da informação, da opinião pública, passou então para outro lado, para essa imensa rede social que liga os povos, que canaliza ideias e projectos, e que é capaz de movimentar ações diversas e protestos como se tem visto. Concorde-se ou não com este ou aquele movimento -- há até os que consideram que é tudo trabalho de grupos desestabilizadores... vá lá saber-se o que isso quer dizer! --, não é possível, hoje em dia, passar ao lado disto, e qualquer cidadão atento está agora muito menos dependente das tradicionais fontes de informação. Isto é o fim de uma sociedade algo autista, habituada a passar ao lado de tudo o que pudesse por em causa o conforto e a estabilidade do seu dia-a-dia. Há muitos políticos (e não só) que ainda não perceberam esta nova realidade, e o caso do Brasil é paradigmático: a "nação do futebol" não concorda com o investimento feito numa grande competição de futebol, e até o seu "deus Pelé" é ridicularizado ao pedir que se esqueça esta situação! São novos tempos, novos movimentos, uma rede social cada vez maior e cada vez mais activa.